Terapias Ablativas para o Hepatocarcinoma
O carcinoma hepatocelular ou hepatocarcinoma (HCC) é um tipo de tumor originado no fígado comumente associado à cirrose, muito embora não seja exclusividade dessa doença. É o sexto tumor mais prevalente e a segunda causa de morte entre os tumores malignos no mundo. As terapias ablativas são hoje uma ferramenta muito poderosa no tratamento do hepatocarcinoma, com potencial curativo, compreendendo: as ablações por radiofrequência, microondas e a alcoolização, sendo o método de primeira escolha em muitos pacientes.
As ablações por radiofrequência e microondas utilizam agulhas especiais capazes de criar, cada uma com particularidades físicas diferentes, zonas de calor da ordem de 50-90°C, com dimensões e formas reguláveis. Quando essas agulhas são posicionadas de forma muito precisa no interior do tumor, utilizando métodos de imagem como guias, destroem a lesão-alvo, criando ao mesmo tempo uma margem de segurança. Tais métodos costumam ser empregados em lesões únicas com até 3,0 cm ou em cenários com até 3 lesões com até 3,0 cm. Os métodos ablativos envolvem uma boa tolerância álgica no pós-procedimento, com curto tempo de hospitalização e rápida retomada das atividades diárias.
Terapias Ablativas para Metástases Hepáticas
As terapias ablativas por radiofrequência e microondas são métodos largamente empregados no tratamento de algumas metástases hepáticas, destacando-se lesões relacionadas ao câncer colorretal. Apesar de apenas cerca de 20% dos pacientes apresentarem metástases no momento do diagnóstico do câncer colorreral, aproximadamente 60% dos pacientes terão metástases em algum momento de sua evolução, sendo o fígado o local mais comum de encontrá-las.
O controle da doença metastática hepática é de fundamental importância, já que tem impacto direto na sobrevida dos pacientes. Ou seja, controlar a doença do fígado permite que os pacientes tenham a possibilidade de viver mais, e por que não dizer, com maior qualidade. Nos cenários de doença oligometastática, em que o paciente apresenta poucas metástases hepáticas (até 3-4 lesões pequenas), as terapias ablativas tem grande contribuição, em alguns cenários com efeito sinérgico à quimioterapia, em outros permitindo inclusive um período de "férias" da quimioterapia.
As ablações por radiofrequência e microondas utilizam agulhas especiais capazes de criar, cada uma com particularidades físicas diferentes, zonas de calor da ordem de 50-90°C, com dimensões e formas reguláveis. Quando essas agulhas são posicionadas de forma muito precisa no interior da metástase, utilizando métodos de imagem como guias, destroem a lesão-alvo com uma margem de segurança. Os métodos ablativos proporcionam uma boa tolerância álgica no pós-procedimento, com curto tempo de hospitalização e rápida retomada das atividades diárias.